Trabalhar para (sobre)viver?

 



Ao olhar para a imagem acima, de 0 a 10, qual a pontuação que daria se eu fizesse a seguinte questão: 

"Na maioria das vezes que vai trabalhar, qual a frequência em que sente que não é uma pessoal realizada e plena e que não faz exatamente aquilo que sonhou fazer?

Sendo que 0 significa "nunca pensei nisso, fiz a escolha mais acertada" e 10 "penso todos os dias na vida que gostava de ter e não tenho", como pontuaria?

A resposta à questão acima talvez deva levantar uma série de questões para refletir na vida que escolheu para si, até ao dia de hoje e o que ainda pode mudar para se sentir uma pessoa mais feliz e mais realizada/o. 

A ideia de que só as pessoas que já nasceram em ambientes "privilegiados" podem ter qualidade de vida e concretizar os seus sonhos é falsa. O que não é falso, e certamente é benéfico tomar consciência, é que o caminho a percorrer pode ser mais longo, pode demorar mais um pouco. 

Vamos supor, alguém que quer ser cantor ou pedreiro ou dono de uma loja de roupa que tenha a família no ramo há gerações pode ter mais portas abertas (não necessariamente) para que, desde cedo desenvolva experiência e conheça melhor os passos a seguir do que alguém que não faz ideia por onde começar, não tem orientação e precisa começar do zero. No entanto, em qualquer um dos casos, o caminho faz-se caminhando.

Um outro mito é acreditar que, apenas porque alguém nasce numa família bem sucedida tem, obrigatoriamente, que ter sucesso na vida. Esta ideia está errada. O que, efetivamente, existe, é uma maior probabilidade de ter mais sucesso porque ja existe uma "receita" na família que funcionou e basta "alimentar" a atividade, seja ela qual for. No entanto, nem sempre os filhos/familiares têm interesse em continuar, basta pensar na quantidade de pessoas cujos descendentes arruinam (não propositadamente) por completo o sucesso das suas famílias, simplesmente porque, talvez, aquele não fosse o ramo ideal para eles e não conseguem manter a dedicação naquela área.

Seja como for, estas crenças são limitadoras e devem ser abolidas do seu pensamento, se realmente quiser mudar de vida. 

A mudança não tem que ser imediata. Não tem que acordar amanhã e pensar "vou largar tudo e ser médico". 

Pode ir construindo gradualmente o seu plano de ação, definir a área pela qual se interessa, especializar-se no assunto, integrar comunidades que partilhem dos mesmos interesses e começar, passo a passo, a percorrer o caminho na direção que o fará sentir-se uma pessoa mais feliz. 

Vários artigos vão sendo escritos sobre a baixa produtividade de quem trabalha preso ao relógio, quem cumpre horários em vez de cumprir tarefas e quão desmotivador esse factor pode ser na vida das pessoas.

A opção é sempre sua, o importante é que viva de forma realizada, sastifeita e plena para que um dia sinta que a oportunidade que lhe deram quando nasceu, foi aproveitada da melhor forma possível, foi um ser Humano feliz e à sua volta outros seres Humanos foram felizes.


Be happy!

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